Petar, um lugar para voltar sempre

 

É bem provável que você já tenha ouvido falar do PETAR, principalmente se você mora na cidade de São Paulo ou Curitiba. Apesar de estar a mais de 300 km de cada uma das cidades, o parque é considerado “próximo” por ter fácil acesso.

Mas, mesmo já tendo ouvido falar, você sabe o que tem lá? O PETAR, Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira é um parque localizado no Vale do Ribeira, extremo sul do estado de São Paulo, quase na divisa com o Paraná. Lá se esconde a maior concentração de cavernas do Brasil, com mais de 450 delas catalogadas e muitas ainda a serem descobertas.

Show, a explicação formal já foi, mas o que é o PETAR? Nosso guia Bruno de Masredon, que é especialista na região e que morou por lá diz que “é uma “cidade” pequena, aconchegante, com atividades pra crianças, adolescentes e adultos, com os melhores guias que já conheci na vida e uma comida sensacional”.

Chamamos de cidade, mas na verdade é um bairro que se chama Bairro da Serra e fica afastado 15 km da cidade mais próxima, Iporanga. Lá, você encontra campings, hostels, pousadas simples, pousadas chiques e até um sistema de hospedagem chamado “glamping”, que é um “acampamento de luxo”. São chalés suspensos do chão, no meio da mata e super confortáveis, inclusive, tem um que tem uma banheira de hidromassagem.

Como dissemos, a região possui a maior concentração de cavernas do Brasil e o Bruno sempre pergunta “parece chato pensar em visitar uma caverna né? Tudo escuro e cheio de pedra”. Realmente, se dependermos da nossa imaginação, não dá vontade nenhuma de conhecer, mas quem já foi sabe do que estamos falando.

Cada caverna tem sua peculiaridade, como a caverna Santana, que é a mais conhecida e tem muitas formações impressionantes e histórias incríveis. Ou então a caverna Ouro Grosso, que tem uma cachoeira dentro dela e que você pode tomar banho.

 
 

Além das cavernas (são cerca de 12 abertas à visitação), existem diversas trilhas, muitas cachoeiras e muita diversão, como o boia cross. O nome é estranho, mas é extremamente divertido descer o rio numa câmara de caminhão.

Inclusive, as escolas nos procuram para fazer viagens de estudo do meio na região. Todos os anos levamos turmas de alunos pra conhecer as cavernas, espeleotemas, a reserva Betary e as características da Mata Atlântica. A região nos proporciona o ambiente perfeito pra trabalhar diversas competências escolares e interdisciplinares com os alunos, além de colocar em prática tudo que foi aprendido em sala de aula.

Para chegar no PETAR, você tem que enfrentar aproximadamente 330 km de estrada, indo pela BR 116, sendo que uns 100 km são por uma estrada vicinal bem tortuosa e 15 km de estrada de terra. Além disso, uma das entradas do parque (o parque tem 4 núcleos com entradas diferentes) fica a 7 km do Bairro da Serra. Quem quiser se aventurar a ir de ônibus, deve sair de São Paulo e ir até Registro, de Registro até Iporanga e de Iporanga até o Bairro da Serra, numa viagem bem longa.

Para conhecer as cavernas, é obrigatório contratar um guia local e usar equipamentos de segurança, não tem conversa. Por isso mesmo, pra facilitar a logística, nós temos grupos saindo de São Paulo com tudo incluso, transporte, hospedagem, alimentação, guias e equipamentos de segurança.

Uma das dicas imperdíveis é comer o pastel da Dona Zeni. O lugar é o ponto de encontro de todo mundo que saiu das cavernas pra tomar um caldo de cana, uma tubaína e comer um pastel, que aliás, tem de todos os sabores, até carne seca com queijo.

O PETAR é mágico e vale a pena ser visitado e revisitado, tanto por sua cultura quanto por seus atrativos naturais, numa viagem para todas as idades.

Até a próxima.